Vol 11. N°1. 2010  |  Enero-Marzo de 2010


NUTRICIÓN CLÍNICA


PREVALENCIA DE TRASTORNOS DE LA CONDUCTA ALIMENTARIA Y DESCRIPCIÓN DE OTRAS VARIABLES EN UNA MUESTRA HOSPITALARIA


Autores: GASTALDI, C.; CHANDLER, E.; DELLA VALLE, M.E.; DE GIROLAMI, D.; GONZÁLEZ INFANTINO, C.


RESUMEN

Introducción: Los Trastornos de la Conducta Alimentaria (TCA) responden a una etiología múltiple y han presentado una prevalencia creciente en los países occidentales a lo largo de los últimos cuarenta años.
Objetivos: Buscamos determinar la prevalencia de los tres principales tipos de TCA -Anorexia Nerviosa (AN), Bulimia Nerviosa (BN) y Trastornos Alimentarios No Especificados (TANE)- en un lote de pacientes admitidos en nuestro Programa, correlacionando diagnóstico, sexo, edad de inicio de los síntomas, autoimagen, conciencia de enfermedad y existencia o ausencia de demanda de tratamiento.
Diseño: descriptivo, observacional, retrospectivo y transversal.
Material y métodos: A los pacientes admitidos se les realizó una entrevista diagnóstica interdisciplinaria, complementada por determinaciones de laboratorio y un estudio psicológico profundo de su personalidad. Asimismo se les administró un cuestionario específico, enriquecido por escalas diagnósticas utilizadas internacionalmente.
Resultados: Hallamos Anorexia Nerviosa (AN) en el 7,8% (n=9) de las pacientes, Bulimia Nerviosa (BN) en el 29,5% (n=34) y Trastornos Alimentarios No Especificados (TANE) en el 62,7% (n=72). En el caso de jóvenes que presentaban AN, la edad promedio de comienzo de la enfermedad fue de 14,22 años, siendo de 17,64 años para BN y de 15,95 años para los TANE. Respecto de la autoimagen, del total de pacientes AN, el 33,33% (n=3), se vio con peso bajo, 3 con peso adecuado y 3 con peso alto. Del total de sujetos con BN, el 73,52% (n=25), se reconocía con peso alto, el 17,64% (n=6) con peso adecuado y el 8,82% (n=3) con peso bajo. De las pacientes con TANE, el 26,38 % (n=19) se sentía con un peso adecuado, el 15,27% (n=11) con peso bajo y el 58,33% (n=42) con peso alto. Finalmente, el 55,55% (n=5) de pacientes con AN no demandaron tratamiento de forma espontánea, mientras que el 44,4% (4) sí lo hizo. En el caso de jóvenes con BN, el 55,88% (n=19), no demandó tratamiento, mientras que el 44,11% (n=15) sí lo hizo. En el caso de las pacientes con TANE, el 55,55% (n=40) no demandó tratamiento y el 44,44% (n=32) sí.
Conclusiones: El diagnóstico prevalente fue TANE (62,7%), luego BN (29,5%) y en tercer lugar AN (7,8%). El promedio de edad de aparición de los síntomas fue de 14,22 años para AN, 17,64 años para BN y 15,95 años para TANE. Existe consenso general acerca de que la edad de inicio del cuadro es más baja para las AN y mayor para el resto de los TCA (TANE y BN, en ese orden). Los TCA, en su conjunto, tal como es internacionalmente reconocido, se presentan casi exclusivamente en mujeres (98,48% en nuestra muestra poblacional). La falta de demanda de tratamiento prevaleció en los tres grupos, siendo más relevante en el grupo TANE, por ser el más numeroso, pero las AN son quienes presentan (por lo menos en los primeros años de su evolución) mayor refractariedad a la hora de recibir oferta de ayuda. Así, en este estudio, que incluyó pacientes cuyos síntomas habían comenzado tiempo atrás, hallamos que la demanda de tratamiento fue ligeramente superior en la AN que en la BN.

Palabras Clave: Trastornos en la conducta alimentaria, anorexia nerviosa, bulimia nerviosa.




PREVALENCE OF EATING DISORDERS AND DESCRIPTION OF OTHER VARIABLES IN A HOSPITAL SAMPLE

SUMMARY

Introduction: Eating disorders respond to multiple etiologies and have shown a growing prevalence in occidental countries in the last 40 years.
Objectives: The aim of this study was to determine the prevalence of the three main types of eating disorders - Anorexia Nervosa (AN), Bulimia Nervosa (BN) and Eating Disorders Not Otherwise Specified (EDNOS) – in a sample of patients admitted to our Program, correlating diagnosis, gender, age of appearance of symptoms, self-image, awareness of illness, and presence or absence of treatment demand.
Design: Descriptive, observational, retrospective and cross-sectional.
Material and Methods: Patients admitted to our Program were subjected to an interdisciplinary diagnostic interview, complemented with laboratory determinations and a profound psychological analysis of personality. They were also subjected to a specific questionnaire enriched with diagnostic scales intentionally used.
Results: We found Anorexia Nervosa (AN) in 7.8% of female patients (n=9), Bulimia Nervosa (BN) in 29.5% (n=34) and Eating Disorders Not Otherwise Specified (EDNOS) in 62.7% (n=72). For AN patients, the average age of appearance of the disorder was 14.22 years, while it was 17.64 for BN patients and 15.95 for EDNOS patients. Regarding self-image, from the total AN patients 33.33% (n=3) considered themselves to be underweight, 3 at proper weight, and 3 overweight. From the total BN subjects, 73.52% (n=25) considered themselves overweight, 17.64% (n=6) at proper weight, and 8.82% (n=3) underweight. From the EDNOS subjects, 26.38% (n=19) considered themselves to be at proper weight, 15.27% (n=11) underweight, and 58.33% (n=42) overweight. Finally, 55.55% (n=5) of AN patients did not demand treatment spontaneously, while 44.4% (4) did. From the total of BN patients, 55.88% (n=19) did not demand treatment, while 44.11% (n=15) did. In the case of EDNOS patients, 55.55% (n=40) did not demand treatment, and 44.44% (n=32) did.
Conclusions: Prevalent diagnosis was EDNOS (62.7%), followed by BN (29.5%) and AN in the third place (7.8%). The average age of appearance of symptoms was 14.22 years for AN, 17.64 years for BN, and 15.95 years for EDNOS. There is a general consensus that the age of appearance of the illness is lower for AN and higher for the rest of the eating disorders (EDNOS and BN, in that order). As it is worldwide acknowledged, eating disorders as a whole appear almost exclusively in women (98.48% of our sample). The lack of treatment demand was prevalent in the three groups, but more relevant in the EDNOS group (as it was larger than the other two), but patients from the AN group were those more reluctant (at least during the first years of evolution of the illness) to receive assistance. So in this study, which included patients whose illnesses had begun some time before, we found that treatment demand was slightly higher in AN than in BN patients.

Keywords: eating disorders, anorexia nervosa, bulimia nervosa.




PREVALÊNCIA DE TRANSTORNOS DA CONDUTA ALIMENTAR E DESCRIÇÃO DE OUTRAS VARIÁVEIS EM UMA AMOSTRA HOSPITALAR

RESUMO

Introdução: Os Transtornos da Conduta Alimentar (TCA) reconhecem uma determinação múltiple e têm apresentado uma prevalência crescente nos países ocidentais ao longo dos últimos quarenta anos.
Objetivos: Procuramos determinar a prevalência dos três principais tipos de TCA —Anorexia Nervosa (AN), Bulimia Nervosa (BN) e Transtornos Alimentares Não Especificados (TANE)— em um lote de pacientes admitidos no nosso Programa. Para isso, relacionamos os seguintes fatores: diagnóstico, sexo, idade de início dos sintomas, auto-imagem, consciência de doença e existência ou ausência de demanda de tratamento.
Desenho: descritivo, observacional, retrospectivo e transversal.
Materiais e métodos: Os pacientes admitidos foram submetidos a uma entrevista diagnóstica interdisciplinar, complementada por determinações de laboratório e um estudo psicológico profundo da sua personalidade. Também, receberam um questionário específico, enriquecido por escalas diagnósticas utilizadas internacionalmente.
Resultados: Achamos Anorexia Nervosa (AN) em 7,8% (n=9) dos pacientes, Bulimia Nervosa (BN) em 29,5% (n=34) e Transtornos Alimentares Não Especificados (TANE) em 62,7% (n=72). No caso de jovens que apresentavam AN, a idade média de início da doença foi de 14,22 anos; e, para BN e TANE, de 17,64 anos e 15,95 anos, respectivamente. A respeito da auto-imagem, do total de casos de AN, 33,33% (n=3) viu-se com peso baixo, 3 com peso adequado e 3 com peso alto. Do total de casos de BN,73,52% (n=25) reconhecia-se com peso alto, 17,64% (n=6) com peso adequado e 8,82% (n=3) com peso baixo. Do total de casos de TANE, 26,38 % (n=19) sentia-se com um peso adequado, 15,27% (n=11) com peso baixo e 58,33% (n=42) com peso alto. Finalmente, 55,55% (n=5) de pacientes que padeciam AN não demandaram tratamento de forma espontânea, enquanto 44,4% (4) o demandou. No caso de BN, 55,88% (n=19) das jovens não demandaram tratamento, enquanto 44,11% (n=15) o demandou. No caso de TANE, 55,55% (n=40) das pacientes, 55,55% (n=40) não demandaram tratamento e 4,44% (n=32) o demandou.
Conclusões: O diagnóstico que prevaleceu foi TANE (62,7%), seguido de BN (29,5%) e de AN (7,8%). A idade média de aparição dos sintomas foi de 14,22 anos para AN; e, para BN e TANE, de 17,64 anos e 15,95 anos, respectivamente. Existe consenso geral de que a idade de início do quadro é mais baixa no caso de AN e mais alta no resto dos TCA (TANE e BN, nessa ordem). Os TCA, no seu conjunto, tal como é internacionalmente reconhecido, afetam quase exclusivamente a mulheres (98,48% na nossa amostra populacional). A falta de demanda de tratamento prevaleceu nos três grupos, mas foi mais relevante no grupo de TANE por ser mais numeroso. No entanto, os casos de AN são mais refratários (pelo menos nos primeiros anos da sua evolução) a receber oferta de ajuda. Por conseguinte, neste estudo, que incluiu pacientes cujos sintomas tinham começado há tempo, achamos que a demanda de tratamento foi ligeiramente superior na AN do que na BN.

Palavras-chave: Transtornos da Conduta Alimentar, Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa.



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